22/11/2011

Meu filho tem Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade , o que eu faço?


Atualmente muitas mães procuram atendimento para seus filhos, pois acredita que os mesmos apresentam Transtorno de Déficit de Atenção o famoso TDA. Todas trazem como queixas que eles não conseguem ter bom aproveitamento escolar, são desatentos, não terminam nada que começam e geralmente não param quietos estão sempre fazendo bagunça.

Acredito que esse aumento na procura por atendimento esta relacionado com reportagens em jornais e T.V. o que é muito bom e serve como alerta, mas me preocupo quando vejo muitos diagnósticos errôneos, o que além de rotular a criança por algo que ela não tem a prejudica em seu desenvolvimento cognitivo e social.

Vivemos numa época que é mais fácil ter um transtorno e ser medicado do que realmente olhar para o filho e perceber que suas dificuldades muitas vezes estão voltadas muito mais para a dinâmica familiar e sua ineficiência.
Noto que em muitos casos há confusão entre falta de limites, de organização e de regras para que a criança crie o hábito de estudar com o TDA.


Mas quando e por que a criança apresenta TDAH?

É comum esse transtorno vir junto com 03 sintomas que são: Alteração de Atenção, este se dispersa com qualquer estímulo, gerando grande esforço e energia para concluir tarefas, geralmente começa várias atividades e não termina nenhuma. Impulsividade: a criança não pensa, reage a qualquer estímulo de forma automática sem ter a capacidade de avaliar seu comportamento. Rapidez de atividades mental, seus pensamentos são rápidos, não consegue concluir nada, pois já esta pensando em outra coisa e atividades físicas, está sempre irrequieto e se mexendo.
 

Entre os 03 sintomas citados o mais significativo é o da falta de atenção para o diagnóstico, os outros 02 podem ou não estar presente, quando presente recebe o nome de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Destaco que o TDAH apresenta maior incidência no sexo masculino.

A origem do TDAH esta em bases neurobiológicas localizada na região pré frontal do cérebro onde há alterações de neurotransmissores fazendo com que ocorra desequilíbrio químico causando alteração ligada à atenção. Pesquisas mostram que geralmente há familiares com o mesmo transtorno, portanto temos aí uma base genética, outras pesquisas já apontam causas familiares junto com a genética, portanto melhor falar em causa multifatorial. Esses mesmos estudiosos afirmam que adultos com TDAH têm maior tendência a desenvolver transtornos psíquicos do que pessoas sem esse transtorno.



Como Diagnosticar?
 
O diagnóstico é feito por psicólogo ou medico psiquiatra infantil com formação para esta área. Utilizam-se testes, escalas específicas para o TDAH, mas principalmente uma boa investigação familiar, escolar e social da criança.
 

Tratamento

A criança após ser diagnosticada com TDAH deve fazer Psicoterapia Focal e receber tratamento medicamentoso para reequilibrar a área cerebral afetada. Os pais devem receber orientações para aprender a lidar com essa situação. A escola deve ser informada e realizar intervenções facilitadoras tanto para a aprendizagem como para o convívio junto a outras crianças.



Dicas para lidar com o TDAH
 

·         Não interromper o tratamento.

·         Criar um ambiente para que o filho realize tarefas com o mínimo possível de estímulos para não distraí-lo.

·      Organizar e estruturar a vida da criança com agendas, tabelas, horários para que ele possa realizar tarefas, lazer, esporte, refeições etc. Lembre-se procure ter bom senso, é melhor trinta minutos que a criança consiga estudar e se concentrar do que muito tempo sem que ele de conta disso.

·      Supervisionar tarefas e atividades escolares para que elas sejam feitas pontualmente.

·         Usar computador como estratégia para auxiliar em sua aprendizagem, já que a criança presta mais atenção com ele.

·         Reforçar positivamente cada pequeno avanço, isso diminuirá sua frustração e o deixará mais seguro.



Concluindo o TDAH não é preguiça, não adianta castigar, isto só irá piorar o quadro. Lembre-se seu filho precisa de sua ajuda, a família é uma peça muito importante para o sucesso do tratamento



Teresa Zogaib




Um comentário:

  1. Parabéns pelo artigo Teresa!
    Tenho um afilhadinho que foi diagnosticado com TDA e faz terapia, mas parece q. não toma medicação, compartilhei no face para q. minha irmã leia e vou falar com ela sobre isto.

    Obrigada!

    Beijos

    Denise Macedo Bezerra

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