17/11/2011

A difícil arte de fazer escolhas para nossa vida

Em todos esses anos como psicóloga clínica tenho observado em meus atendimentos que determinados temas da vida cotidiana, como perdas, enganos ou decisões são recorrentes nos meus atendimentos. O mesmo acontece quando observo pessoas em lugares públicos. É comum ouvir mulheres falarem de decepções, tornando essa situação fixa em suas mentes, discutem suas amargas desilusões, seu gosto de derrota e a sensação de fracasso, o que influenciam em sua autoestima e como consequência surge: sentimentos de menos valia e culpa.


Sabe o que penso a respeito de toda essa situação? Primeiro concordo que dado ao fracasso da experiência, esta gera grande incomodo principalmente em nossa alma, pois acredito que a alma entristece e perde seu brilho. Ah! você prefere pensar que nossas emoções são expressões somente biológicas e que para ficar triste basta alterações no nosso cérebro para que ele ordene neurotransmissores jorrar seus hormônios da tristeza. É você também tem razão esse é o processo fisiológico do entristecer.

Não vou discutir razão versus emoção, prefiro acreditar que de um jeito ou de outro nossa alma de alguma forma sente e reflete isso em nosso coração e olhar, pois ele perde o brilho.



Sim acredito nos poetas que a alma fala sobre nossas emoções que o diga Fernando Pessoa e todos seus heterônimos. Alguém se arriscaria a questioná-lo?

Quero chamar atenção para algo extremamente importante para nossas vidas que é a capacidade de fazer escolhas, de decidir o que queremos para nós. No fundo há duas palavras que precisamos usá-las, o sim e o não.


Tudo na vida são escolhas e estas devem ser refletidas e corajosas, penso que o sim deve, ser dito quando algo te traz alegria, vínculos afetivos, humor, motivação, serenidade, projetos pessoais saudáveis etc. Não se engane não é tão fácil, mas é necessário começar a tentar, mas tentar acreditando que vai dar certo.


Outras escolhas também precisam ser refletidas e corajosas para se dizer não ao que te faz sofrer , te culpa, tira seu sono, a rigidez que te impede de perdoar, destrói vínculos, mobiliza raiva, ultrapassa sua ética e por fim faz mal para sua saúde. Pense quantas vezes você falou sim por carência acreditando que iria ter amigos e terminou na solidão, outras vezes por orgulho disse não e deixou de ser feliz, valeu a pena?
Finalizando mudar não é fácil, é aprender apesar do medo da insegurança que você pode e deve fazer boas escolhas. Durante toda nossa vida passamos por vários ciclos, aprendemos a escolher e somos o resultado dessas escolhas, nunca teremos tudo, mas podemos escolher o melhor para nós.

Para tentar auxiliá-lo a tomar decisões lembro que vale a pena investir em seu autoconhecimento, prestar atenção ao que você quer ver e ouvir pessoas ao seu lado e por fim lembre-se em toda escolha você ganha algo e abre mão de outro. Que seu ganho seja maior e traga mais felicidade a você.
Ah! E se você fizer a escolha errada? Recomece sempre é tempo.


Há um tempo que é preciso abandonar as roupas usadas,

que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos

caminhos, Que nos levam sempre aos mesmos lugares.

É o tempo da travessia e, se não ousarmos fazê-la, teremos

ficado, para sempre, a margem de nós mesmos.

Fernando Pessoa


Teresa Zogaib

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