09/05/2012

                                      Síndrome do  Pânico


Ao longo da história da medicina é possível observar que este transtorno já era descrito , mas sómente a poucas décadas é que ele começou  ser propagado e estudado com maior importância, devido ao crescente número de pessoas que buscam ajuda profissional, para superá-lo.
Apesar dele atualmente ser mais conhecido é importante deixar claro que este transtorno muitas vezes é confundido com outros quadros devido a semelhança dos sintomas, haja visto alterações hormonais da tireóide ou quadros desenvolvidos devido ao uso de bebidas alcoólicas ou uso de drogas.
Para que isto não aconteça é necessário realizar um diagnóstico diferencial preferencialmente com um psiquiatra ou psicólogo.

Mas afinal o que é o Transtorno do Pânico? Em primeiro lugar o tipo de ansiedade que a pessoa sofre ao desencadear o transtorno é diferente, ela surge através de crises súbitas e desencadea medos irracionais que darão origem a fobia como por exemplo :uma pessoa tem sua primeira crise no supermercado, ele associa o que sentiu ao local e passa a evitá-lo como forma de controlar  para ter novamente a crise.

São características de uma crise de pânico os seguintes sintomas:palpitações, taquicardia, medo irracional, ondas de calor e frio, sudorese, formigamento nas mãos , tontura, confusão mental ( distorção da realidade), confusão mental ,medo de enlouquecer, de morrer, dificuldades para respirar, vertigens,prolapso da válvula mitral (benigno), somado a grande angústia.Um ataque de pânico dura relativamente pouco tempo(em torno de 30 minutos), mas este período é sentido como se fosse uma eternidade.
Quando uma pessoa tem várias vezes esse tipo de crise sem motivo concreto  é o que determina o diagnóstico de Transtorno do Pânico.

É comum a pessoa sentir tudo isso  ir até o pronto socorro e não ser constatado nada , o que desperta insegurança e medo começando uma peregrinação  em vários medicos sem chegar ao diagnostico correto. Quantos paciêntes chegam em meu consultório preocupados que estão enlouquecendo ,já que não conseguem compreender o que esta acontecendo com ele e isto faz com que a pessoa reduza sua vida social, já que tem medo de ter uma ataque em lugar público.
De agordo com pesquisas atuais é possível verificar a probabilidade de fatores genéticos já que sempre numa mesma família várias pessoas apresentam este transtorno. O que se sabe realmente é que existe uma alteração cerebral relacionada aos neurotransmissores que produzem serotonina (prazer) e noradrenalina ( stress) e estes são acionados de forma incorreta sem causa aparente preparando a pessoa para fugir de um perigo que na realidade não existe, o que faz com que a pessoa tenha medo de enlouquecer.

É possível observar que o perfil das pessoas que sofrem com este transtorno esta relacionado com:
necessidade de aprovação ,muito rigído consigo mesmo, alto grau de responsabilidade, preocupação excessiva com dificuldades de seu dia a dia, geralmente deixam o stress atingir alto nivel esquecendo de se cuidar e previlegiando o trabalho.
Tratamento: é necessário que a pessoa busque ajuda profissional tanto de um psiquiatra para determinar qual o melhor medicamento, quanto de um psicólogo para que haja modificação comportamental.

É de suma importância  que a família apoie e compreenda o que a pessoa esta passando , demonstrando estar junto a ele para auxiliá-lo a passar por esse momento difícil.

     
Dicas para lidar com a Síndrome do Pânico


Praticar esporte
Exercícios de relaxamento, yoga, meditação
Identificar situações (estímulos) que mobilizem alto grau de ansiedade e aprender a lidar com eles.
Procurar auxílio profissional
Determinar tempo para lazer
Diminuir a ingestão de álcool e cafeína (estimulantes de ansiedade)
Trocar a rigídez por atitudes mais flexíveis

Concluindo ,apesar do Transtorno do Pânico ser algo altamente angustiante, você não irá enlouquecer ou morrer por causa dele, mas se não se cuidar poderá associar outros transtornos como depressão ,
 fobia e comportamento anti social, o que aumentará sua dificuldade em lidar com ele.
Portanto busque auxílio, faça o tratamento até o final ,não abandone mesmo quando já estiver sentindo melhora.

                                                                                         Seja  Feliz
                                                                                  Teresa   Zogaib

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