17/02/2012

E por falar em amor como anda sua carência?


Todos nós temos desejos, um dos grandes desejos na mente da maioria das pessoas é amar e ser amado. Se olharmos  os poetas, músicos, pintores, escritores e na própria   mitologia através do Deus Eros, vê a grande quantidade de obras que permeam esse tema, mobilizando em nós simples mortais o desejo de viver esse sentimento  e encontrarmos a felicidade.

Vamos falar um pouco sobre esse sentimento? Como surgiu essa fixação tão forte em relação a essa parceria amar e ser amado? Se observarmos desde pequenos, escutamos os grandes clássicos da literatura infantil onde a história transcorre com uma dose de maldade do vilão somado ao sofrimento da mocinha, até que aparece o príncipe encantado, salvando-a e transformando-a em uma bela princesa, pronto esse amor será vivido para sempre.

Tenho certeza que isto influenciou e despertou nosso desejo de encontrar alguém que nos ame tanto que acreditamos poder viver a sensação de plenitude e segurança de amor interminável para o resto de nossas vidas.
Fantasiamos que o outro terá a capacidade de preencher tudo que não conseguimos ter, ser ou fazer por si mesma e através desse outro serei feliz para sempre.

Será mesmo? Aqui começa nosso engano, somos nós mesmos que, precisamos fazer por nós, para buscarmos o que queremos para ser feliz e não responsabilizar o outro para que ele  me faça feliz. Ele pode e deve completar ou ampliar minha felicidade, mas isto é um trabalho construído aos poucos pelo par e não por uma única pessoa.

Vamos retomar nossa vida lá no inicio quando ainda estávamos no útero materno. Se a gravidez transcorreu adequadamente o bebê teve a sensação (sensorial) de ausência de tensão, com o nascimento pressupondo que esses pais conseguiram serem continentes as necessidades do filho desta relação inicia-se o processo de vinculação afetiva saudável, aonde o bebê vai através de sensações corporais  construindo em seu mundo  o modelo de como irá se relacionar co o outro no futuro.

Atualmente pesquisas comprovam o que teóricos da psicologia com Freud e Winnicott , já falavam sobre a importância do afeto desde os primeiros meses como protótipos das relações futuras.
As crianças desde muito pequenas observam como as pessoas ao seu redor se relacionam e reproduzem esse comportamento, tanto para o lado bom, onde um compreende a necessidade do outro como também pelo lado negativo onde os pares se autodestroem, desconstruindo a possibilidade de ser feliz. Com certeza vocês que estão lendo conhecem casais que se tratam dessa maneira  não?


Para que o amor aconteça é necessário que cada pessoa invista em sua autoestima, segurança trabalhe seus medos, suas perdas e rejeições para que eles não sejam substituídos pelo querer que o seja obrigados há  te fazer feliz.

Quantas pessoas já atendi que possuíam qualidades, habilidades e força interna para lidar com as adversidades da vida e enfrentá-las de forma assertiva, mas não conseguiam por não se apropriarem de si mesmo Sentiam-se inseguras , necessitando que o outro falasse o tempo inteiro como ela era forte, boa profissional, que a amava e por ai vai.....

Há pessoas com autoestima tão rebaixada que quando estão sozinhas não conseguem atingir seus objetivo e projetos por que já partem a priori da idéia que nada vai dar certo,  o pior é que não conseguem mesmo, não estão preparadas para receber o bom da vida, não sabem viver bem consigo mesmo, falta confiança e sobra carência afetiva.

Outras ao invés de escolher seus parceiros/ amigos são tão inseguras que não escolhem são escolhidas e nem se quer analisam se gostariam de estar ou não com essas pessoas. Acreditam que isso é o melhor que conseguiram mesmo desejando algo diferente são incapazes de buscar, olha a carência se fazendo presente novamente.

Há também outro tipo de pessoa que quando encontra alguém quer agradá-lo tanto que perde sua identidade e se transforma no que acredita que o outro deseja dela. Sufocam tanto esse companheiro que a única opção que resta é o rompimento da relação.

Perceba se seu comportamento em suas relações é baseado mais em carência do que em amor. Lembre-se no amor há cumplicidade, construção, respeito à individualidade de cada um, torcida para que ambos cresçam e muito vínculo afetivo. Lógico que desencontros acontecem em qualquer relacionamento, afinal vocês são diferentes, mas identifique quais sentimentos estão presentes no momento dessa crise e busque como resolvê-la para que não estrague o que já foi construído.

Concluindo para amar o outro ame a você  mesmo, só damos ao outro o que temos como modelo dentro de nós mesmos.

                                                                            Seja Feliz
                                                              
Teresa   Zogaib

                                                                      

Um comentário:

  1. A baixa estima tem causado a morte de muitos e deixado pessoas depressivas, é preciso como você disse com propriedade, ame-se a si mesmo. Bom final de semana, Voz do Povo.

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