
Minha prática clínica em atender crianças tem
apontado nesses anos, um aumento significativo para o Transtorno de Ansiedade
Infantil. Acredito que isto esta relacionado a vários fatores como maior
conhecimento dos transtornos psíquicos, pesquisas apontam aspectos genéticos e
familiares em conjunto a situações ambientais desfavoráveis para o
desenvolvimento saudável infantil.
Entre estes aspectos é possível citar, perdas
familiares, violência física e sexual, acidentes entre outros. Também ressalto
que o tempo em que a criança ficou exposta e a forma como ela interpretou toda
essa situação.
Estudiosos verificaram que até 10% de crianças e
adolescentes sofrem de algum tipo de ansiedade, sendo que metade desses irá
desenvolver episódios depressivos como reflexo da alta ansiedade. Em relação ao
sexo a prevalência é equivalente entre os meninos e meninas.
SINTOMAS
- fadiga, tensão, irritabilidade, controle
excessivo do ambiente.
-Sintomas psicossomáticos como, dores de cabeça,
barriga, náuseas, tontura, dificuldade para dormi, respirar, sensação de
desmaio.
-medo irracional, pensamentos negativos,
-Grande insegurança, diminuição da atenção,
evitação social, o que prejudica seu desenvolvimento social.
Destaco que dependendo do grau de ansiedade surge
a gama de sintoma, entre os citados acima.
TIPOS DE ANSIEDADE
Como defesa a essa situação a criança fica muito
apegada aos cuidadores e se desespera quando eles saem de perto, desencadeando
sintomas somáticos.
-Fobias:
é caracterizado por sentimento intenso de medo geralmente voltado para
situações ou objetos específicos como: medo de médico, dentista, animal, escuro
etc. A criança ao se deparar com essas situações se descontrola havendo
agitação motora, mas principalmente sente necessidade de fugir do local.
Dentro das diversas fobias destaco a social, que
interfere negativamente no desenvolvimento social infantil como, por exemplo,
apresentar trabalhos, reuniões sociais, se expor perante a turma.
-Transtorno
de Ansiedade Generalizada: a criança já vem apresentando diversos medos,
mas a família não percebe ou não valoriza as queixas e este comportamento vai
sendo ampliado e a criança começa a ter muitos medos e preocupações em ser
aceito pelo grupo social, escola e seu próprio desempenho. Este transtorno
ocasiona grande sofrimento, evitação social e muitas vezes é interpretado pelos
pais como fraqueza e exigido que ela enfrente essas situações de maneira
desprovida de segurança, o que só piora o quadro e o sofrimento.
-Transtorno do Pânico: são ataques recorrentes de
medo exagerado e intenso com sensação de morte somado a reações somáticas e a
busca frenética por um diagnóstico que descubra a doença. O Pânico geralmente
surge na adolescência, sendo mais raro na infância. Geralmente vem acompanha de
depressão e agorafobia que é o medo de lugares fechados.
-Transtorno de Estresse Pós Traumático: é visto
em criança que passou por situações de grande impacto como violência física ou
sexual, catástrofes, acidentes, perdas significativas deixando várias sequelas
em seu desenvolvimento, como sentimentos de horror, pesadelos, comportamentos
de isolamento, apatia ou agressividade.·.
TRATAMENTO

É necessária a combinação entre o psiquiatra infantil para determinar o uso do
medicamento somado ao atendimento psicoterápico, para que a criança modifique
seu comportamento, retome sua segurança e autoestima. Também é importante
orientar a família para que ela compreenda as necessidades da criança.
Quando a criança é pequena normalmente o psicólogo trabalha com brinquedos para que ela compreenda através da linguagem lúdica o que aconteceu e como superar.
Quando a criança é pequena normalmente o psicólogo trabalha com brinquedos para que ela compreenda através da linguagem lúdica o que aconteceu e como superar.
Seja Feliz.
Teresa Zogaib
Mestre em Psicologia da Saúde